O deputado estadual Mauro Savi (DEM) teve uma redução de 78,8% dos votos entre as eleições de 2014 e a deste domingo (7), quando não conseguiu seu quinto mandato ao receber 11.683 votos. Há quatro anos o parlamentar foi o campeão de votos ao ter a preferência de 55.233 eleitores.
Uma das causas para o fraco desempenho foi a candidatura ter sido deferida há apenas três semanas da eleição. Mas o principal agravante é que o democrata ficou preso por quatro meses, quando foi alvo na Operação Bereré, por supostamente liderar um esquema de fraude no Detran. O parlamentar sempre negou as acusações.
Com a liberação para tentar se reeleger, Savi fez uma campanha “modesta” com inserções na TV e pedido de votos por meio de redes sociais, onde se declarou ficha limpa, no entanto, sem êxito.
No quesito arrecadação, Savi conseguiu doação de R$ 132,6 mil, mas gastou R$ 208,2 mil. O limite de gastos para deputado estadual é de R$ 1 milhão.
No âmbito partidário, o registro de candidatura foi autorizado pelo DEM, mas com votos contrários do governador eleito e senador eleito, respectivamente, Mauro Mendes e Jayme Campos (ambos do DEM). Savi assumiu a vaga deixada pelo empresário Jeremias Prado dos Santos, que desistiu da candidatura à Assembleia.
Com passagens pela presidência e primeira-secretaria da Assembleia, Savi está em seu quarto mandato. Iniciou no Legislativo estadual, em 2002, quando foi eleito com 17.942 votos. Quatro anos mais tarde foi reeleito com a preferência de 31.600 eleitores. Em 2010, conquistou o terceiro mandato consecutivo com 47.663 votos.